Os Estados Unidos enfrentam um aumento significativo nas deportações de imigrantes ilegais, com estimativas indicando que cerca de 11 milhões de pessoas residem no país sem documentação. Desde o início do segundo mandato do presidente Donald Trump, em 23 de janeiro, até 9 de fevereiro, o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) registrou 11 mil prisões em diversos estados, conforme dados divulgados pela Casa Branca. O Departamento de Segurança Interna (DHS) revelou que mais de 142 mil imigrantes foram deportados até abril deste ano.
A política imigratória, que visa expulsar um milhão de imigrantes anualmente, tem gerado críticas internacionais, especialmente em relação aos direitos humanos. Especialistas, como o professor Giovanni Okado da PUC-Goiás, destacam que a deportação não é um crime, embora a situação de imigração irregular possa levar a processos administrativos que culminam na deportação. A imigração ilegal ocorre quando indivíduos entram no país sem visto ou permanecem após o vencimento de seus vistos.
De acordo com o advogado especializado em imigração, Murtaz Navsariwala, o processo de deportação é legal e administrado por cortes de imigração, não sendo considerado um crime. A advogada Andrea Canona, com 32 anos de experiência na área, ressalta que os imigrantes ilegais são tratados em centros de detenção civil, e não como criminosos. A situação atual reflete a complexidade das leis de imigração dos EUA, que exigem vistos temporários ou permanentes para a entrada legal no país.