O governo dos Estados Unidos, por meio do Escritório do Representante de Comércio (USTR), anunciou nesta quarta-feira (data) o início de uma investigação comercial direcionada ao Brasil. O foco da apuração são práticas relacionadas ao comércio eletrônico, tarifas de importação e questões ambientais que, segundo o USTR, comprometem a competitividade das empresas americanas. O representante comercial, Jamieson Greer, afirmou que a investigação se baseia na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 e visa examinar ações do governo brasileiro que prejudicam empresas, trabalhadores e inovadores dos EUA.
Entre os pontos destacados na investigação estão as retaliações contra redes sociais que não censuram conteúdos políticos, tarifas preferenciais injustas concedidas a parceiros comerciais e a falta de medidas efetivas para combater a corrupção e proteger a propriedade intelectual. Além disso, a apuração incluirá o aumento das tarifas sobre exportações de etanol dos EUA e a ineficácia na aplicação de leis contra o desmatamento ilegal, que afetam a competitividade dos produtores americanos.
As consequências dessa investigação podem ser significativas, com potenciais danos à economia brasileira e a possibilidade de novas sanções comerciais. O USTR já havia identificado, em relatórios anteriores, barreiras tarifárias e não tarifárias que limitam o acesso das exportações americanas ao mercado brasileiro, e a investigação atual busca determinar se essas práticas são irracionais ou discriminatórias, onerando o comércio entre os dois países.