O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (9) uma tarifa-base de 50% sobre todas as importações provenientes do Brasil, com início em 1º de agosto. A decisão, que surge em meio a tensões políticas e econômicas, foi justificada por Trump com base nas barreiras comerciais impostas pelo Brasil a produtos americanos e no julgamento do presidente Jair Bolsonaro.
Com essa medida, o Brasil se torna um dos países com as maiores tarifas médias de importação nos EUA, o que pode impactar significativamente a balança comercial e setores estratégicos da economia brasileira. A resposta do governo brasileiro foi imediata, com o presidente Lula utilizando a rede social X (antigo Twitter) para prometer retaliações através da “lei de reciprocidade”.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um fluxo de comércio que ultrapassou US$ 80 bilhões em 2024. As exportações brasileiras para os EUA são majoritariamente compostas por commodities, enquanto as importações incluem uma variedade de produtos, desde equipamentos até químicos. A imposição de tarifas recíprocas poderá afetar tanto as empresas quanto os consumidores brasileiros.
Além dos impactos econômicos, a nova tarifa pode gerar desdobramentos no cenário político brasileiro, influenciando as eleições de 2026. A XP Investimentos alerta para a necessidade de monitorar a reação do Brasil, que pode optar por retaliações ou negociações, enquanto analistas mapeiam os ativos mais vulneráveis e resilientes nesse contexto de tensão comercial.