Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (11) sanções contra o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em resposta a graves violações de direitos humanos, coincidentemente no quarto aniversário dos protestos de 11 de julho de 2021. Naquele dia, milhares de cubanos se manifestaram nas ruas, clamando por melhorias nas condições de vida e contra a repressão do governo, resultando em uma morte, feridos e centenas de prisões.
Durante os protestos, Díaz-Canel convocou seus apoiadores a confrontarem os manifestantes, o que intensificou a repressão. O Departamento de Estado dos EUA informou que as sanções visam restringir a entrada no país de líderes do regime cubano, incluindo os ministros da Defesa e do Interior, Álvaro López Miera e Lázaro Alberto Álvarez Casas, respectivamente. Além disso, foram impostas restrições de visto a agentes do Judiciário e do sistema penitenciário cubano, acusados de prisões arbitrárias e torturas.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, criticou as sanções, afirmando que a guerra econômica dos EUA não irá abalar a determinação do povo cubano. Organizações de direitos humanos estimam que entre 360 e 420 pessoas ainda estão detidas por sua participação nos protestos, enquanto o governo americano aponta para cerca de 700 detidos, muitos sob alegações de tortura. O senador Marco Rubio também se manifestou, exigindo a libertação do dissidente José Daniel Ferrer, que teria sido torturado na prisão.
Além das sanções, o Departamento de Estado ampliou a lista de locais proibidos para turistas americanos em Cuba, incluindo 11 propriedades ligadas ao governo cubano, com o objetivo de evitar que dólares americanos financiem a repressão. O senador Rubio destacou a necessidade de impedir que o regime cubano utilize recursos em hotéis luxuosos enquanto a população enfrenta escassez de alimentos e serviços básicos.