O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos Estados Unidos sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma ação que ocorre às vésperas de um aumento nas tarifas comerciais contra o Brasil. A sanção foi anunciada devido a acusações de violação da liberdade de expressão e autorização de "prisões arbitrárias", especialmente em relação ao julgamento da tentativa de golpe de Estado e decisões contra empresas de mídia social americanas.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Moraes é responsável por uma "campanha opressiva de censura" e por detenções que violam os direitos humanos, incluindo ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração ressalta que o Tesouro dos EUA continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses americanos e as liberdades de seus cidadãos.
A sanção foi fundamentada na Lei Magnitsky, que permite a punição de supostos violadores de direitos humanos no exterior. Com a medida, bens e empresas de Moraes nos Estados Unidos poderão ser bloqueados, caso ele possua controle de 50% ou mais de qualquer companhia no país. Essa ação se alinha à narrativa de Bolsonaro, que alega ser alvo de perseguição política em decorrência de sua atuação durante o processo eleitoral de 2022.