O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (30) utilizando a Lei Magnitsky. A decisão foi divulgada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano e ocorre em meio a crescentes tensões entre os EUA e o Brasil, especialmente relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, acusou Moraes de conduzir uma 'caça às bruxas ilegal' contra cidadãos e empresas, destacando sua responsabilidade em ações que, segundo ele, violam direitos humanos e têm motivações políticas. O comunicado enfatiza que o Tesouro americano continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de seus cidadãos.
A sanção se baseia em um contexto mais amplo, onde, no último dia 18, o secretário de Estado, Marco Rubio, já havia anunciado a revogação de vistos de ministros do STF, citando Moraes diretamente. A Lei Magnitsky, que permite sanções a estrangeiros por violações graves de direitos humanos, foi criada em 2012 e tem sido aplicada globalmente desde 2016.
Além disso, informações recentes indicam que o deputado Eduardo Bolsonaro estaria colaborando com o governo Trump para implementar sanções contra Moraes. A medida, que pode impactar a credibilidade dos EUA na promoção da democracia, é vista como uma resposta a decisões judiciais que desagradam a administração americana.