O governo dos Estados Unidos oficializou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Magnitsky. A decisão foi anunciada pelo Tesouro dos EUA, que afirmou que o objetivo das sanções é provocar uma mudança positiva de comportamento, e não apenas punir. As sanções incluem o bloqueio de bens e interesses do ministro que estejam sob jurisdição americana, além da proibição de transações financeiras envolvendo Moraes sem autorização específica do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).
De acordo com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, as sanções são uma resposta à suposta "caça às bruxas" promovida por Moraes contra cidadãos e empresas dos EUA e do Brasil, incluindo processos judiciais motivados politicamente. Bessent destacou que Moraes é responsável por uma campanha de censura e detenções arbitrárias que violam direitos humanos.
A aplicação da Lei Magnitsky foi discutida anteriormente pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que já havia revogado vistos de ministros do STF, citando Moraes. Funcionários do Itamaraty consideram a medida uma escalada nas tensões entre Brasil e Estados Unidos, interpretando-a como uma exigência do governo Trump por impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A situação se agrava em meio a processos judiciais envolvendo Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.