Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira, 30, sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. As punições incluem a proibição de entrada no país e o bloqueio de bens do magistrado. A decisão gerou reações polarizadas nas redes sociais entre autoridades brasileiras, refletindo a divisão política no país.
O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou as sanções, chamando-as de 'conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil' e um ataque à democracia nacional. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), também se manifestou, qualificando as sanções como um 'ato violento e arrogante'.
Por outro lado, a oposição celebrou a decisão. A deputada federal Carol de Toni (PL-SC) afirmou que as sanções são uma resposta internacional aos abusos e à perseguição política no Brasil. O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) considerou as sanções um 'resultado direto' do trabalho de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde o filho do ex-presidente é investigado por supostas tentativas de coação ao processo penal contra seu pai.
Este é o primeiro caso em que a Lei Magnitsky é aplicada a uma autoridade de um país democrático, sendo anteriormente utilizada apenas contra violadores de direitos humanos em regimes autoritários. A medida levanta questões sobre a interferência externa na política brasileira e a legitimidade das ações do STF.