Os Estados Unidos impuseram sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, alegando que ele autorizou prisões arbitrárias e restringiu a liberdade de expressão. A decisão foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, que classificou as ações de Moraes como uma "caça às bruxas ilegal" contra cidadãos e empresas tanto dos EUA quanto do Brasil.
Reações à sanção foram diversas. O ministro Flávio Dino expressou solidariedade a Moraes, afirmando que suas decisões são legítimas e respaldadas pelo colegiado do STF. Por outro lado, o deputado Eduardo Bolsonaro destacou que a sanção representa um alerta global sobre abusos de autoridade no Brasil, enquanto o líder do governo na Câmara, José Guimarães, considerou a medida uma afronta à democracia brasileira.
A aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções a indivíduos acusados de corrupção e violações de direitos humanos, marca um momento histórico, já que Moraes se torna a primeira autoridade de um país democrático a ser sancionada sob essa legislação. O secretário do Tesouro dos EUA afirmou que a ação visa responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses americanos e as liberdades dos cidadãos.
A ministra Gleisi Hoffmann repudiou a sanção, chamando-a de "ato violento e arrogante" e reafirmou que nenhuma nação deve interferir no Judiciário de outra. As sanções refletem tensões políticas internas e externas, destacando a complexidade do cenário democrático brasileiro.