Os Estados Unidos sancionaram, nesta quarta-feira (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Magnitsky, que permite a punição de estrangeiros por violações de direitos humanos. A decisão, anunciada pelo governo Trump, alega que Moraes lidera uma "caça às bruxas ilegal" contra opositores políticos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que Moraes tem como alvo cidadãos e empresas tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil, e que suas ações resultaram em prisões arbitrárias e repressão à liberdade de expressão. O comunicado destaca que Moraes teria autorizado detenções de bolsonaristas envolvidos em invasões a instituições brasileiras, o que, segundo os EUA, compromete o Estado de Direito e as instituições democráticas.
Além de bloquear todos os bens de Moraes nos EUA, a sanção impede que cidadãos americanos realizem negócios com o ministro. O governo americano também menciona a prisão do jornalista Jackson Rangel Vieira, ocorrida em dezembro de 2022, como um exemplo de abuso de poder por parte de Moraes, que teria violado direitos fundamentais ao processar indivíduos por opiniões expressas.
Essas sanções se somam a uma série de ações do governo dos EUA, que incluem a revogação de vistos de ministros do STF e seus familiares, e refletem uma crescente preocupação com a interferência em assuntos internos do Brasil, especialmente no contexto do julgamento de Bolsonaro. A Lei Magnitsky, que fundamenta essas sanções, foi criada para punir violações graves de direitos humanos e corrupção em nível internacional.