O governo dos Estados Unidos sancionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (30), utilizando a Lei Magnitsky, que visa punir estrangeiros por violações de direitos humanos. A decisão foi anunciada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano e marca uma intensificação das tensões entre os EUA e o Brasil, em meio a um processo penal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a sanção, todos os bens de Moraes nos Estados Unidos estão bloqueados, assim como qualquer empresa associada a ele. Além disso, o ministro está proibido de realizar transações financeiras com cidadãos e empresas americanas. A informação chegou ao STF por meio das redes sociais e da imprensa, sem comunicação formal prévia.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, comentou a sanção, afirmando que a aplicação da Lei Magnitsky serve como um aviso para aqueles que violam os direitos fundamentais. Ele criticou Moraes por sua atuação em processos que envolvem Bolsonaro, descrevendo-a como uma "caça às bruxas". O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou essa visão, acusando o ministro de promover uma campanha de censura e detenções arbitrárias.
As sanções ocorrem em um contexto de crescente tensão política, com o governo Lula percebendo a ação como uma tentativa de escalada por parte da administração Trump. A situação é ainda mais complexa devido à recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Trump, que também criticou o julgamento de Bolsonaro como uma "vergonha internacional".