Após meses de negociações, os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram, na tarde de ontem (27), os detalhes de um novo acordo comercial que visa evitar a implementação de tarifas de importação de 30% programadas para entrar em vigor em 1º de agosto. O presidente americano, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacaram que a nova tarifa será de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, além de garantias de investimento do bloco nos EUA.
O acordo estabelece que a União Europeia se compromete a adquirir US$ 750 bilhões em energia e investir mais US$ 600 bilhões em território americano, além de abrir sua economia para produtos dos EUA com tarifa zero. Produtos considerados estratégicos, como aeronaves e medicamentos específicos, também estarão isentos de tarifas, enquanto setores como farmacêutico e de semicondutores permanecerão com tarifas de 50%.
Von der Leyen afirmou que o acordo trará estabilidade e previsibilidade para os negócios entre as duas regiões, beneficiando um mercado de 450 milhões de pessoas. Apesar da redução nas tarifas, a guerra comercial ainda não está completamente resolvida, com algumas indústrias permanecendo sob tarifas elevadas. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, indicou que um novo plano para a produção de chips semicondutores será anunciado em breve, embora haja divergências sobre a aplicação das tarifas neste setor.
O déficit comercial dos EUA com a União Europeia, que alcançou US$ 235,6 bilhões em 2022, foi um dos fatores que motivaram a necessidade de um acordo. O novo pacto é visto como um passo importante para equilibrar as relações comerciais entre as duas potências econômicas.