No domingo (27), Estados Unidos e União Europeia (UE) anunciaram um novo acordo comercial, similar ao firmado entre EUA e Japão em 22 de julho. O acordo estabelece tarifas de 15% sobre produtos e serviços da UE, alinhando-se às taxas aplicadas ao Japão. Além disso, os países da UE se comprometeram a adquirir US$ 750 bilhões em energia dos EUA, principalmente derivados de petróleo e gás, e aumentar os investimentos nos EUA em US$ 600 bilhões, incluindo compras de material bélico.
O acordo também prevê a isenção de tarifas para aeronaves e peças, além de certos produtos químicos, genéricos, equipamentos semicondutores, produtos agrícolas e matérias-primas críticas. Essa medida visa abrir o mercado europeu, que historicamente é protegido por tarifas e cotas, especialmente para produtos agrícolas.
Entretanto, a negociação enfrentou críticas de diversos países europeus, que possuem interesses variados. A Alemanha, por exemplo, busca proteger seu mercado automotivo, enquanto a Irlanda tem foco em fármacos e alimentos. Essa diversidade de interesses dificultou uma resposta unificada do bloco, permitindo a implementação de tarifas superiores às inicialmente propostas.
Além do acordo, a semana será marcada por reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil e do Federal Open Market Committee (Fomc) nos EUA, ambos com expectativa de manutenção das taxas de juros. No Brasil, as opções de Copom na B3 indicam 96,1% de probabilidade de manutenção da Selic em 15%, enquanto nos EUA, as projeções apontam para a manutenção dos Fed Funds entre 4,25% e 4,50% ao ano.