Na noite de terça-feira, 22 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo acordo comercial com o Japão, que estabelece tarifas recíprocas de 15% sobre produtos japoneses importados. Essa taxa é inferior aos 25% inicialmente propostos e inclui um compromisso do Japão de investir US$ 550 bilhões na economia americana, o que pode impulsionar a demanda por bens de capital e gerar empregos nos EUA.
O acordo provocou uma forte valorização das ações de montadoras japonesas, com a Mazda subindo 17%, a Toyota 13% e a Honda 11%. O índice Nikkei 225 também registrou alta de cerca de 3,5%. Em 2024, os Estados Unidos enfrentaram um déficit comercial de US$ 69,4 bilhões com o Japão, principalmente devido às importações de veículos e autopeças.
A redução das tarifas pode facilitar o aumento das exportações japonesas para os EUA, contribuindo para a deterioração do desequilíbrio comercial. Em janeiro, o déficit comercial havia alcançado US$ 131,4 bilhões, um aumento de 34% em relação ao mês anterior. Embora os EUA possam aumentar suas exportações agrícolas e manufaturadas ao Japão, a pressão social no país asiático mantém o mercado de arroz fechado.
O acordo entre os dois países gerou um clima de otimismo nos mercados, com investidores aguardando possíveis acordos semelhantes com outros parceiros comerciais dos EUA, como China, União Europeia, Canadá e México. As novas tarifas de 15% são consideradas mais suportáveis em comparação com as taxas de 19% aplicadas às Filipinas e Indonésia, enquanto as tarifas sobre importações de aço e alumínio permanecem inalteradas em 50%.