Na segunda-feira (28), uma conferência internacional de alto nível das Nações Unidas, organizada pela França e pela Arábia Saudita, foi realizada em Nova York com o objetivo de promover uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos. O evento, que contou com a presença do ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, e do ministro saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, foi boicotado pelos Estados Unidos e por Israel.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, criticou a conferência, chamando-a de "golpe publicitário" que, segundo ela, poderia prolongar o conflito e minar os esforços de paz. A reunião, que estava agendada desde setembro do ano passado, foi adiada após ataques israelenses ao Irã, intensificando a tensão na região.
Durante seu discurso, Faisal bin Farhan Al-Saud pediu apoio internacional para um roteiro que estabeleça os parâmetros para um Estado palestino, garantindo também a segurança de Israel. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a importância da conferência como um potencial ponto de virada para o fim da ocupação e a realização de uma solução viável de dois Estados.
O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, solicitou o reconhecimento imediato do Estado da Palestina por todos os países, afirmando que a paz deve começar com esse reconhecimento e a proteção dos direitos do povo palestino. A conferência, portanto, se apresenta como um momento crucial nas discussões sobre a paz no Oriente Médio.