Negociadores seniores dos Estados Unidos e da China se encontram em Estocolmo na próxima segunda-feira para discutir disputas econômicas que marcam a guerra comercial entre os dois países. O objetivo das conversas é estender uma trégua que atualmente mantém as tarifas elevadas sob controle, evitando uma nova escalada nas tensões comerciais.
A China tem até 12 de agosto para firmar um acordo tarifário duradouro com o governo do presidente Donald Trump, após um entendimento preliminar alcançado em junho. Sem um acordo definitivo, as cadeias de suprimentos globais podem enfrentar sérias dificuldades devido a tarifas que podem ultrapassar 100%.
As negociações serão lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. Este encontro ocorre um dia após uma reunião entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Trump, que visa fechar um acordo que deve resultar em tarifas básicas de 15% sobre a maioria dos produtos da União Europeia.
Analistas comerciais consideram improvável que as discussões em Estocolmo resultem em avanços significativos, mas acreditam que podem ajudar a evitar uma escalada maior e criar condições para um possível encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping ainda este ano. As negociações anteriores, realizadas em Genebra e Londres, focaram na redução das tarifas retaliatórias e na restauração do fluxo de produtos essenciais entre os dois países.