Na última sexta-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos acusaram a China de contribuir para a agressão da Rússia na Ucrânia. A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, solicitou que a China interrompesse a exportação de produtos de uso duplo para a Rússia, alegando que tais itens fortalecem a capacidade bélica russa e facilitam ataques contra a Ucrânia.
Shea destacou que a alegação da China de ter implementado controles rigorosos sobre essas exportações é contestada pela evidência de componentes chineses encontrados em drones e armamentos utilizados pela Rússia. A embaixadora fez um apelo a todos os países, enfatizando a necessidade de evitar a contribuição para a guerra em curso.
Em resposta, o vice-embaixador da China na ONU, Geng Shuang, defendeu que seu país não é responsável pela guerra e nunca forneceu armas letais. Ele pediu aos EUA que deixem de transferir a culpa e que adotem uma postura mais construtiva, promovendo o cessar-fogo e negociações de paz. A tensão entre as duas potências se intensificou, especialmente após relatos de que motores fabricados na China estariam sendo enviados secretamente para a Rússia, disfarçados como equipamentos industriais.
Shea reiterou que, se a China realmente deseja a paz, deve parar de apoiar a agressão russa, intensificando assim o embate retórico entre as nações na arena internacional.