O governo dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira (21 de julho de 2025) a liberação de mais de 240 mil páginas de documentos relacionados à vigilância do FBI sobre Martin Luther King Jr., que foi assassinado em 1968. A decisão contraria o pedido da família do líder dos direitos civis, que desejava que os documentos permanecessem sob sigilo até 2027. Os registros, que estavam sob proteção judicial desde 1977, já estão disponíveis ao público no Arquivo Nacional dos EUA.
A família de King, representada por seus filhos Martin Luther King III e Bernice A. King, expressou preocupação com a divulgação, afirmando que os documentos devem ser analisados dentro de seu contexto histórico. Em comunicado, eles destacaram que a vigilância orquestrada pelo FBI, sob a direção de J. Edgar Hoover, tinha como objetivo desestabilizar o movimento de direitos civis e destruir a reputação de seu pai.
A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, elogiou a decisão de liberar os arquivos, considerando-a sem precedentes, e agradeceu ao presidente Donald Trump pela iniciativa. Em contrapartida, Alveda King, sobrinha de Martin Luther King Jr., também apoiou a transparência, afirmando que a divulgação é um passo importante em direção à verdade sobre o legado de seu tio. A liberação dos documentos ocorre em um contexto de crescente pressão sobre a administração Trump para divulgar informações sobre outros casos controversos, como o de Jeffrey Epstein.