Na última sexta-feira (11), a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, demitiu cerca de 20 funcionários do Departamento de Justiça que atuaram sob a supervisão do Conselheiro Especial Jack Smith nas investigações relacionadas à retenção de registros confidenciais pelo ex-presidente Donald Trump e aos esforços para anular a eleição de 2020. A informação foi confirmada por cinco fontes próximas ao assunto.
Entre os demitidos, estavam pelo menos dois promotores que recentemente atuaram em escritórios de promotores federais na Flórida e na Carolina do Norte. Desde janeiro, o Departamento de Justiça tem promovido uma série de demissões de funcionários envolvidos em investigações que tangenciam Trump, justificando as ações com base nos poderes executivos do ex-presidente, conforme estipulado na Constituição dos EUA.
Essas demissões não são um evento isolado. Desde a posse de Trump em 20 de janeiro, ao menos 37 membros da equipe de Smith foram desligados, incluindo 14 procuradores que foram demitidos em janeiro por conta de seu trabalho em casos contra o ex-presidente. O Departamento de Justiça também tem dispensado funcionários que lidaram com casos relacionados à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Em 2023, Smith abriu dois processos criminais contra Trump, acusando-o de reter ilegalmente documentos de segurança nacional e de conspirar para reverter sua derrota nas eleições de 2020. Ambos os casos foram arquivados antes do retorno de Trump ao cargo. Um porta-voz de Smith não se manifestou sobre as demissões até o momento.