O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que classifica o Brasil como uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA. A medida, que se alinha a ações semelhantes contra países como Cuba e Venezuela, inclui a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. O comunicado da Casa Branca justifica a decisão com base em políticas e ações do governo brasileiro que, segundo os EUA, comprometem a segurança nacional e a economia americana.
A Ordem Executiva menciona especificamente a perseguição e intimidação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, caracterizando essas ações como graves violações dos direitos humanos que minam o Estado de Direito no Brasil. O governo dos EUA alega que tais práticas prejudicam a liberdade de expressão e a atuação de empresas americanas, além de impactar negativamente a política externa dos Estados Unidos.
Trump argumenta que as tarifas são uma resposta às "ações imprudentes" do governo brasileiro e que visam proteger a segurança nacional e os interesses econômicos dos EUA. O comunicado também critica medidas do governo brasileiro que, segundo a Casa Branca, coagem plataformas digitais a censurar discursos políticos e violar a privacidade dos usuários americanos.
A situação ocorre em um contexto de crescente tensão entre os dois países, com analistas apontando que a retórica da extrema-direita em ambos os lados tem distorcido a realidade dos processos judiciais no Brasil, alimentando a narrativa de censura e perseguição política. A resposta do governo brasileiro a essas alegações ainda não foi oficialmente divulgada.