O sistema de pagamentos Pix, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, foi mencionado em um novo relatório do Escritório da Representação Comercial dos EUA (USTR), que investiga práticas comerciais desleais do Brasil. O documento, parte da gestão de Donald Trump, afirma que o Brasil favorece seus serviços de pagamento eletrônico, o que inclui o Pix, atualmente dominante no mercado nacional.
A crítica dos EUA remete a um episódio anterior envolvendo o WhatsApp Pay, que foi barrado pelo Banco Central em 2020, sob a justificativa de proteger a concorrência e a estabilidade financeira. A decisão gerou descontentamento entre empresas americanas, especialmente a Meta, que viu seu serviço interrompido antes mesmo de ser lançado. Quando o WhatsApp Pay foi finalmente liberado em 2021, o Pix já havia conquistado uma ampla adoção no Brasil.
A menção ao Pix no relatório dos EUA ocorre em um contexto de crescente tensão entre o governo brasileiro e o setor de tecnologia dos Estados Unidos. Além da crítica ao sistema de pagamentos, estão em pauta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a responsabilidade das plataformas digitais e propostas de regulação da inteligência artificial. Autoridades brasileiras acreditam que a inclusão do Pix nas investigações é resultado de lobby das empresas de cartão de crédito, como Mastercard e Visa, e não deve resultar em ações concretas.