O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, anunciou a possibilidade de isenção de tarifas para produtos agrícolas que não são cultivados no país, em entrevista à CNBC. A declaração ocorre a três dias do aumento das taxas de importação, que devem entrar em vigor em 1º de agosto, e se relaciona a um acordo entre Donald Trump e a União Europeia, que prevê tarifas de 15%.
Lutnick destacou que, caso um país produza um item que os EUA não cultivam, como manga ou abacaxi, esse produto poderia entrar sem tarifas. O secretário também mencionou o interesse europeu em tarifas zero para cortiça, embora não tenha especificado quais países poderiam se beneficiar dessa medida. A declaração gerou otimismo entre senadores brasileiros que estão em Washington, buscando negociar a prorrogação das tarifas.
Os parlamentares brasileiros, incluindo Carlos Viana (Podemos-MG) e Jaques Wagner (PT-BA), estão pressionando por um adiamento das tarifas, argumentando que o prazo de menos de 30 dias para se adaptar é insuficiente. Eles ressaltaram a importância de setores brasileiros, como o aço, que são de interesse dos EUA. Enquanto isso, as tarifas sobre a China permanecem suspensas, com novas negociações em andamento, mas sem acordo definitivo até o momento.
A China, por sua vez, respondeu às tarifas americanas com restrições à exportação de minérios raros, essenciais para tecnologias modernas, como carros elétricos. As conversas entre os representantes dos dois países continuam, com a expectativa de que um entendimento possa ser alcançado em breve.