O governo dos Estados Unidos anunciou neste domingo, 28, que as novas tarifas comerciais, incluindo ao Brasil, entrarão em vigor em 1º de agosto. A confirmação foi feita pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, que também está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas irregularidades em negociações financeiras. Em entrevista à Fox News, Lutnick declarou: "não haverá prorrogação. As tarifas entrarão em vigor na data estipulada".
As novas tarifas, que podem chegar a 50% para produtos brasileiros, surgem em meio a uma investigação sobre operações atípicas no mercado de contratos futuros de dólar, realizadas horas antes do anúncio de taxação pelo ex-presidente Donald Trump. A Advocacia-Geral da União levantou suspeitas de uso de informação privilegiada, com a economista Deborah Magagna destacando o padrão das transações que ocorreram antes do anúncio que impactou o câmbio.
Parlamentares governistas já manifestaram a intenção de instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) após o recesso legislativo para investigar possíveis crimes financeiros relacionados ao caso. Além disso, o governo americano abriu uma investigação contra o Brasil por práticas comerciais desleais, incluindo questões envolvendo censura em redes sociais e concorrência no setor de etanol.
Senadores democratas, como Jeanne Shaheen e Tim Kaine, criticaram a medida, considerando-a um "abuso de poder" e uma tentativa de interferência em um sistema jurídico soberano. Eles alertaram sobre os riscos de retaliações comerciais em resposta às novas tarifas impostas pelo governo Trump.