Na terça-feira, 15 de julho de 2025, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) destacou o desmatamento ilegal no Brasil como uma prática comercial desleal, durante uma investigação que fundamenta a imposição de tarifas de 50% sobre importações brasileiras. A alegação do governo Trump é que os produtores brasileiros se beneficiam do desmatamento para oferecer soja e outros produtos a preços inferiores, em comparação com os agricultores americanos, que enfrentam legislações mais rigorosas e fiscalização intensificada.
A declaração surge em meio a um contexto de cortes significativos no orçamento ambiental dos EUA durante a administração Trump, que propôs reduzir a verba da Agência de Proteção Ambiental (EPA) de US$ 9,13 bilhões para US$ 4,16 bilhões. Além disso, o governo sugeriu a demissão de 1.274 funcionários da EPA, a principal entidade responsável por fiscalizar normas ambientais no setor agropecuário.
Trump também tomou medidas que enfraquecem a proteção ambiental, como a retirada dos EUA do Acordo de Paris no início de seu segundo mandato, além de revogar um plano de financiamento climático que visava apoiar países em desenvolvimento na implementação de práticas sustentáveis. Essas ações levantam preocupações sobre o compromisso do governo americano com a proteção do meio ambiente e a sustentabilidade global.