O interesse dos Estados Unidos em minerais críticos e estratégicos do Brasil foi reafirmado durante uma reunião entre o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, e empresários do setor mineral, realizada na quarta-feira (23). Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), destacou que a exploração desses recursos deve respeitar a legislação brasileira, enfatizando que são um patrimônio do povo.
Jungmann ressaltou que, atualmente, não existe legislação que permita a exploração direta por governos estrangeiros, sendo permitida apenas a atuação de empresas. Ele também mencionou a importância dos minerais, como nióbio e terras raras, para a defesa e tecnologia, citando a preocupação do governo dos EUA com a segurança de suas cadeias de suprimento.
O Brasil possui vastas reservas de minerais considerados cruciais para o futuro econômico global, incluindo lítio, grafite e urânio. Com a crescente demanda por esses recursos, especialmente em meio à transição energética e à competição tecnológica entre potências, o país se posiciona como um potencial fornecedor estratégico, necessitando, no entanto, de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para agregar valor a esses minérios antes da exportação.