Na quarta-feira, 23 de julho de 2025, os Estados Unidos expressaram interesse nos minerais críticos do Brasil durante uma reunião em Brasília. O encontro, solicitado pelo encarregado de negócios e embaixador interino norte-americano, Gabriel Escobar, contou com a presença do presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, e do vice-presidente, Fernando Azevedo.
Os minerais em questão incluem nióbio, lítio, cobalto, grafite, cobre, urânio e terras raras, essenciais para a fabricação de tecnologia avançada, como chips e veículos elétricos. O Brasil, que possui vastas reservas desses recursos, é considerado um dos principais players globais, ficando atrás apenas da China, que domina o refino desses materiais.
Durante a reunião, foi discutida a possibilidade de uma missão de mineradoras brasileiras aos Estados Unidos, prevista para ocorrer entre setembro e outubro deste ano. Jungmann destacou que a negociação de acordos sobre esses minerais é uma prerrogativa exclusiva do governo brasileiro, uma vez que os recursos pertencem à União.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, comentou sobre a situação, afirmando que há uma “pauta muito longa que pode ser explorada” em relação a acordos com os EUA. Ele também observou que o setor minerário brasileiro, que exporta apenas 3% para os Estados Unidos, enfrenta um superávit significativo na balança comercial, devido às importações de máquinas e equipamentos do país norte-americano.