As tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a Venezuela se intensificaram nesta semana com o aumento da recompensa oferecida pelo governo norte-americano por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A Administração de Repressão às Drogas dos EUA (DEA) anunciou, na segunda-feira (28), que o valor da recompensa subiu de US$ 10 milhões para US$ 25 milhões, colocando Maduro entre os indivíduos mais procurados internacionalmente.
O aumento da recompensa ocorre em um contexto de novas sanções econômicas impostas por Washington, que declarou oficialmente que o regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. A declaração foi feita pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, no último domingo (27), um ano após a controversa reeleição de Maduro, que enfrenta acusações de manipulação eleitoral.
As autoridades dos EUA acusam Maduro de liderar uma rede de narcotráfico conhecida como "Cartel de Los Soles", formada por militares de alta patente da Venezuela. Segundo a DEA, o cartel estaria envolvido no envio sistemático de cocaína para os Estados Unidos e Europa desde 1999, utilizando a estrutura estatal para facilitar suas operações.
Desde 2020, Maduro e 14 de seus aliados são formalmente procurados pelos EUA, em um caso que combina acusações criminais com disputas geopolíticas. A DEA informou que qualquer pessoa pode enviar informações de forma anônima, buscando tanto a localização de Maduro quanto provas que possam ser utilizadas em processos judiciais.