Na quinta-feira, 25 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país venderá uma quantidade significativa de carne bovina para a Austrália, após a flexibilização das restrições de importação por parte de Camberra. A decisão, que ocorre após anos de barreiras comerciais, foi comunicada em uma postagem no Truth Social, onde Trump destacou a qualidade da carne bovina americana e alertou países que rejeitam seus produtos.
A Austrália, que historicamente impôs restrições à carne bovina dos EUA desde 2003 devido a preocupações com a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), anunciou que permitirá a importação de carne de gado nascido no Canadá e no México, abatido nos EUA. Embora a flexibilização das regras de biossegurança tenha sido considerada um avanço, analistas afirmam que o impacto sobre os embarques dos EUA pode ser limitado, já que a Austrália é um grande produtor de carne bovina com preços competitivos.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, classificou a decisão australiana como um marco importante para reduzir barreiras comerciais e garantir acesso ao mercado para os agricultores americanos. No entanto, a medida gerou preocupações entre os australianos sobre a possível diminuição dos padrões de biossegurança, essenciais para a proteção do setor agrícola local. David Littleproud, membro da oposição, questionou se o governo australiano estaria comprometendo esses padrões em busca de uma reunião entre o primeiro-ministro Anthony Albanese e Trump.
Em 2022, a Austrália exportou quase 400.000 toneladas métricas de carne bovina para os EUA, enquanto apenas 269 toneladas de carne americana foram enviadas para a Austrália. A nova política de importação é resultado de uma avaliação de anos das práticas de biossegurança dos EUA, mas as autoridades australianas afirmam que não está vinculada a negociações comerciais em andamento.