O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou em entrevista à Fox Business, nesta terça-feira, 22, que uma série de acordos comerciais será revelada nos próximos dias, muitos dos quais incluirão investimentos substanciais no país. Bessent enfatizou que a administração não tem pressa para finalizar esses acordos, apesar do prazo rígido de 1º de agosto, quando entrarão em vigor as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
Em relação às negociações com a China, Bessent afirmou que o comércio entre os dois países está "em um bom lugar" e que ele se reunirá com autoridades chinesas em Estocolmo. O secretário destacou a importância de a China abrir seu mercado e reduzir o excesso de produção, além de discutir a relação da potência asiática com a Rússia. Ele ressaltou a necessidade de os países europeus acompanharem os EUA em tarifas secundárias à Rússia, prevendo negociações desafiadoras com o G7 sobre o tema.
Sobre o Japão, Bessent declarou que as conversas estão progredindo positivamente e que as eleições no país podem acelerar a conclusão de um acordo comercial. Ele expressou otimismo, afirmando que não seria surpreendente se um acordo fosse alcançado rapidamente.
Bessent também mencionou que a receita tarifária já está próxima de US$ 100 bilhões e pode atingir US$ 300 bilhões anualmente, representando até 1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Ele projetou que, ao longo de uma década, essa receita pode alcançar até US$ 2,8 trilhões.