O Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) anunciou planos para aumentar o monitoramento de imigrantes, com a intenção de instalar tornozeleiras eletrônicas em até 183 mil indivíduos. A informação foi divulgada pelo jornal 'The Washington Post' e consta em um memorando datado de 9 de junho, que orienta os funcionários a intensificar a supervisão de estrangeiros que estão no programa Alternativas à Detenção (ATD). Atualmente, cerca de 24 mil imigrantes estão sob esse monitoramento.
O memorando destaca que todos os participantes do ATD devem ter o equipamento instalado sempre que possível, com o objetivo de garantir o cumprimento das leis de imigração. A porta-voz do ICE, Emily Covington, afirmou que o uso das tornozeleiras é uma ferramenta de fiscalização, embora não tenha comentado especificamente sobre o memorando.
Organizações de defesa dos direitos dos imigrantes criticam a medida, alegando que as tornozeleiras são desconfortáveis e invadem a privacidade dos usuários, muitos dos quais não têm antecedentes criminais. Laura Rivera, advogada da organização Just Futures, descreveu a iniciativa como uma forma de transformar comunidades em "gaiolas digitais". Além disso, a Associated Press revelou que o governo está prestes a fornecer dados pessoais de beneficiários do Medicaid ao ICE, permitindo um rastreamento ainda mais abrangente dos imigrantes no país.