Nesta quarta-feira (9), o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos enviou intimações à Universidade de Harvard, exigindo informações sobre estudantes estrangeiros. A medida ocorre em meio a acusações de que a instituição estaria permitindo abusos de vistos e defendendo a violência em protestos contra a guerra em Gaza.
O presidente Donald Trump, ao ser questionado sobre a situação, expressou otimismo em relação a um possível acordo, mas criticou a universidade, chamando-a de 'totalmente antissemita'. O governo federal também notificou Harvard sobre possíveis violações da lei de direitos civis, sugerindo que há fundamentos para revogar sua certificação, que garante a qualidade educacional da instituição.
Em resposta, Harvard declarou que as intimações são injustificadas, mas que a universidade continuará a cooperar com as solicitações legais. A instituição defendeu sua autonomia e criticou a interferência do governo, que busca influenciar a admissão e o ensino em universidades privadas.
Desde a posse de Trump, a universidade já enfrentou o congelamento de mais de US$ 3,2 bilhões em financiamento federal e medidas que dificultam a matrícula de estudantes estrangeiros, que representam uma parte significativa de sua população acadêmica. O governo transformou os protestos estudantis em uma questão política, intensificando o debate sobre diversidade e inclusão nas universidades americanas.