Um relatório do USTR, publicado em março de 2025, indicou a abertura de investigações formais contra o Brasil devido a práticas comerciais consideradas protecionistas. O documento, que se soma a uma carta anterior de junho, destaca a imposição de barreiras tarifárias, especialmente sobre o etanol americano, e menciona preocupações com o contrabando na Rua 25 de Março, em São Paulo.
O USTR, responsável pela política comercial dos Estados Unidos, aponta que as tarifas brasileiras e a regulamentação sobre a transferência de dados pessoais estão entre os principais pontos de tensão. O relatório também critica a proteção inadequada dos direitos de propriedade intelectual no Brasil, que está listado na "Watch List" do Relatório Especial 301 de 2024.
Além disso, a segunda carta do USTR traz um tom mais rigoroso em relação ao comércio digital, mencionando a censura imposta às empresas de tecnologia e as responsabilidades atribuídas ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre publicações de usuários. As investigações refletem um aumento nas tensões comerciais entre os dois países, exacerbadas por tarifas elevadas impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros.