O Ethereum (ETH) celebra nesta quarta-feira (30) uma década de operação, destacando-se com uma valorização superior a 50% em julho de 2023, impulsionada por um aumento significativo no investimento institucional. Com um total de quase US$ 150 bilhões (R$ 839 bilhões) em depósitos, a rede de contratos inteligentes se posiciona como uma alternativa atraente ao Bitcoin (BTC) nos portfólios de investidores.
Os fundos de índice (ETFs) de ETH listados nos Estados Unidos registraram aportes de US$ 9 bilhões até 25 de julho, com mais de US$ 5 bilhões apenas neste mês. Essa movimentação é considerada a mais longa sequência de fluxos positivos desde o lançamento dos ETFs em julho de 2024, contribuindo para a recente valorização do token. O cenário regulatório também favoreceu a confiança no setor, com a aprovação de legislações que estabelecem regras para stablecoins e ativos digitais.
Além disso, o Ethereum está ganhando espaço como ativo de reserva corporativa, uma narrativa anteriormente dominada pelo Bitcoin. O bilionário Peter Thiel anunciou uma participação de 9,1% na Bitmine Immersion Technologies, resultando em um aumento de 25% nas ações da empresa. Cathie Wood, da Ark Invest, também se juntou ao movimento, adquirindo ações da BitMine avaliadas em US$ 182 milhões.
A trajetória do Ethereum inclui marcos significativos, como o ataque ao projeto The DAO em 2016 e a transição para o sistema de proof-of-stake em 2022, que reduziu o consumo de energia da rede em mais de 99%. Segundo especialistas, a evolução da rede a transformou em uma infraestrutura robusta, utilizada por bancos centrais e emissores de stablecoins.