Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revelou que o trabalho autônomo pode estar associado a taxas significativamente menores de obesidade, sedentarismo e noites mal dormidas, fatores de risco para doenças cardiovasculares. O estudo, realizado em 2025 com 20 mil adultos em idade ativa, destaca que as mulheres autônomas apresentam 7,4% menos chances de serem obesas e 7% menos propensão ao sedentarismo em comparação às que ocupam empregos tradicionais.
Os pesquisadores analisaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição dos EUA, considerando indicadores como índice de massa corporal, pressão arterial e padrões de sono. Os resultados mostraram que, mesmo após ajustes por idade, escolaridade e renda, as mulheres autônomas mantiveram vantagens significativas em relação à saúde cardiovascular. No entanto, os benefícios foram menos evidentes entre os homens, especialmente entre os negros e hispânicos, onde os efeitos do empreendedorismo foram nulos ou até negativos.
A Dra. Kimberly Narain, autora principal do estudo, sugere que a autonomia no trabalho pode reduzir o estresse, contribuindo para melhores resultados de saúde. Pesquisas anteriores de Harvard corroboram essa teoria, indicando que altos níveis de controle sobre tarefas e horários estão associados a desfechos cardiovasculares mais positivos, especialmente entre mulheres. O estudo reforça a importância de entender como o ambiente de trabalho impacta a saúde, visando a criação de espaços mais saudáveis para todos.