Um estudo realizado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, revelou que pessoas diagnosticadas com demência estão vivendo mais. A pesquisa analisou dados hospitalares de aproximadamente 1,2 milhão de indivíduos com mais de 60 anos entre 2000 e 2018, abrangendo oito regiões, incluindo Ontário, Reino Unido e Coreia do Sul. A doutora Hao Luo, autora sênior do estudo, destacou que os avanços na prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos mais eficazes contribuíram para essa melhoria na expectativa de vida.
Embora a maioria das regiões estudadas tenha apresentado resultados positivos, a Nova Zelândia se destacou negativamente, com um aumento no risco de mortalidade entre 2014 e 2018. Luo explicou que a mudança no protocolo de atendimento, que transferiu casos iniciais e moderados de demência para unidades de atendimento primário, resultou em pacientes sendo admitidos em hospitais apenas em estágios avançados da doença.
A pesquisa enfatiza a importância de programas de cuidados específicos para pacientes com demência e sugere que a compreensão das variações na sobrevivência pode auxiliar gestores públicos na criação de serviços mais eficientes. Atualmente, cerca de 55 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e esse número deve triplicar até 2050, especialmente em países de baixa e média renda, como o Brasil, que enfrentam desafios significativos na implementação de políticas de prevenção.