Cientistas da Universidade de Durham, no Reino Unido, anunciaram nesta sexta-feira (11) que a Via Láctea pode ter até 100 galáxias muito fracas orbitando ao seu redor, que ainda não foram detectadas por telescópios. A descoberta foi apresentada durante um congresso da Royal Astronomical Society, onde os pesquisadores utilizaram supercomputadores e novos modelos matemáticos para prever a existência dessas galáxias quase invisíveis.
De acordo com os astrônomos, essas galáxias são versões em miniatura das conhecidas, mas perderam grande parte de sua matéria escura devido à força gravitacional da Via Láctea, tornando-se pequenas e pouco luminosas. Isabel Santos-Santos, do Instituto de Cosmologia Computacional da Universidade de Durham, afirmou que, embora 60 galáxias-satélites já tenham sido confirmadas, acredita-se que muitas outras, extremamente fracas, estejam presentes na vizinhança da nossa galáxia.
O estudo reforça a teoria Lambda-CDM, que explica a evolução do universo e a formação das galáxias, sugerindo que a maior parte do cosmos é composta de matéria e energia escuras, invisíveis, que influenciam a estrutura do universo. Os cientistas esperam que novos telescópios, como o do Observatório Rubin, consigam finalmente detectar essas galáxias, possibilitando novas descobertas sobre a formação e a evolução do universo.