Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto revelou que pacientes com menor massa muscular no diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial apresentam piores desfechos de saúde e menor taxa de sobrevida. O estudo, que avaliou 54 mulheres ao longo de cinco anos, destaca a importância da avaliação da composição corporal para intervenções precoces e personalizadas no tratamento da doença.
Os pesquisadores utilizaram exames de bioimpedância e tomografias para analisar a integridade celular das pacientes, com foco no ângulo de fase, que está diretamente relacionado à massa muscular. Segundo a coordenadora do estudo, Mirele Savegnago Mialich Grecco, pacientes com menor ângulo de fase no diagnóstico mostraram maior mortalidade após cinco anos, evidenciando a necessidade de monitoramento contínuo da composição corporal durante o tratamento.
O professor Jorge Elias Júnior, também da USP, enfatizou que os exames de imagem não apenas ajudam a avaliar o avanço da doença, mas também podem fornecer informações sobre a resposta do corpo ao tratamento. A nutricionista Fernanda Cibele Ribeiro, que experimentou os benefícios do ganho de massa muscular em sua saúde, e o personal trainer Robson Santos, destacaram como a musculação pode fortalecer o sistema imunológico e contribuir para o sucesso de tratamentos oncológicos mais complexos.