Pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) conduziram um estudo sobre os efeitos biológicos da kombucha, uma bebida fermentada com aparência de chá gaseificado e sabor azedo. A biomédica Bruna Krieger Vargas, junto com a colega Mariana Fabricio, desenvolveu uma versão padronizada da bebida, utilizando chá verde e microrganismos específicos, com o objetivo de entender melhor seus potenciais benefícios à saúde.
A pesquisa revelou que a kombucha padronizada fermenta em apenas dois dias, em comparação ao processo tradicional que leva uma semana. Essa redução no tempo de fermentação não comprometeu a caracterização da bebida, que atende a todos os parâmetros legais. Os testes realizados mostraram que a kombucha desenvolvida no laboratório apresentou uma atividade antioxidante superior à de produtos comerciais, sugerindo que sua formulação pode ser mais benéfica para a saúde.
Entretanto, Bruna destacou que, apesar da popular crença de que a kombucha é probiótica, os estudos realizados não identificaram a presença de microrganismos probióticos na bebida. Os testes foram realizados em células e em um organismo microscópico, o nematódeo, considerado um modelo mais próximo do corpo humano. As conclusões indicam que a kombucha padronizada pode oferecer vantagens em relação às opções disponíveis no mercado, mas a pesquisa ainda está em andamento para confirmar todos os seus efeitos.