A Prefeitura de Goiânia divulgou um estudo técnico que indica a viabilidade do Aterro Sanitário da cidade para os próximos 30 anos. Realizado pelo Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC) a pedido da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), o documento sugere que a manutenção das operações do aterro, que recebe cerca de 4,6 toneladas diárias de resíduos sólidos, é preferível, desde que acompanhada de melhorias significativas.
O estudo recomenda a implementação de unidades de triagem e tratamento de resíduos, além da produção de combustível derivado de resíduos, como medidas essenciais para reduzir o volume destinado ao aterro. Sem intervenções, a vida útil do local é estimada em cerca de sete anos, mas com a entrada em operação das usinas de compostagem e triagem, esse prazo pode ser ampliado para 14 anos. Se todas as medidas sugeridas forem adotadas, a vida útil do aterro pode chegar a 30 anos, alinhando-se às diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Em resposta ao diagnóstico, a Prefeitura de Goiânia já iniciou ações para resolver problemas históricos do aterro, incluindo a aquisição de novos maquinários e obras de adequação. No entanto, a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, contestou a possibilidade de regularização do local, afirmando que as condições técnicas e legais não permitem a transformação do lixão em um aterro sanitário licenciado. Vulcanis destacou a necessidade de paralisar o depósito de lixo e implementar medidas de remediação para evitar danos ambientais futuros.