Goiânia – Um estudo técnico divulgado pela Prefeitura de Goiânia nesta sexta-feira (4) indica que o aterro sanitário da cidade pode ser viabilizado para os próximos 30 anos. A análise foi realizada pelo Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC) e surge após declarações da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, que afirmou não haver possibilidade de regularização do espaço.
O levantamento aponta que a manutenção das operações do aterro, que recebe cerca de 4,6 toneladas diárias de resíduos sólidos, é preferível, desde que acompanhada de melhorias. Os engenheiros responsáveis pelo relatório, Simão Pedro de Aguiar e Marina Alves Oliveira, destacam que intervenções pontuais e ações corretivas podem aprimorar a infraestrutura existente.
A análise estima que, sem intervenções, a vida útil do aterro seria de aproximadamente sete anos. No entanto, com a implementação de usinas de compostagem e triagem, esse prazo pode ser estendido para cerca de 14 anos. Caso todas as recomendações sejam seguidas, incluindo a realocação das lagoas de chorume e a expansão territorial, a vida útil do aterro pode alcançar entre 20 e 30 anos, alinhando-se às diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Diante do diagnóstico, a atual gestão municipal já iniciou uma série de medidas para resolver a questão, como a aquisição de novos maquinários e o início de obras de adequação. Além disso, ações contínuas de cobertura diária dos resíduos e controle de drenagem de chorume e gás estão em andamento, com licitação em fase de elaboração para a implantação de uma unidade de tratamento de chorume, atualmente tratado na ETE da Saneago.