Um estudo recente indica que o Brasil pode perder até R$ 175 bilhões devido à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O impacto econômico se torna mais evidente à medida que o dólar abriu a sessão desta terça-feira (29) em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,5963. O cenário se agrava com a expectativa de decisões de juros tanto do Federal Reserve (Fed) quanto do Banco Central do Brasil (BC) na chamada Superquarta, marcada para esta quarta-feira (30).
As tensões comerciais entre os EUA e a China continuam a dominar as atenções do mercado financeiro, especialmente após um recente acordo entre os EUA e a União Europeia. As negociações entre os dois países ocorrem em Estocolmo, onde tentam encontrar um meio-termo para aliviar as hostilidades tarifárias. A expectativa é que uma trégua tarifária seja estendida por mais 90 dias, o que poderia influenciar diretamente as relações comerciais com o Brasil.
No Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo mantém diálogo com os EUA, mas já se prepara para um plano de contingenciamento. O presidente Lula demonstrou disposição para contatar Trump, embora o clima no Planalto seja de pessimismo, com a avaliação de que a Casa Branca só abrirá diálogo após a implementação das tarifas, prevista para 1º de agosto. A situação gera preocupação entre investidores, que permanecem cautelosos quanto às possíveis consequências econômicas.