Um estudo realizado pela Universidade de Oxford em parceria com o Met Office do Reino Unido alerta para mudanças climáticas significativas no Brasil. A pesquisa indica que, até o final do século, o país enfrentará um aumento na intensidade das chuvas, que se tornarão mais intensas, mas menos frequentes. As previsões apontam que a probabilidade de chuvas intensas será três vezes maior do que atualmente, enquanto a frequência dessas chuvas diminuirá em 30%. Essas alterações podem aumentar os riscos de deslizamentos de terra e inundações repentinas, além de impactar a saúde da população e setores como a agricultura, devido a períodos prolongados de seca e ondas de calor.
Além disso, um relatório da Organização Meteorológica Mundial revelou que 2024 será o ano mais quente dos últimos 175 anos, com temperaturas 1,55ºC acima dos níveis pré-industriais. Este marco representa o décimo ano consecutivo de recordes de temperatura, evidenciando a gravidade do aquecimento global. O relatório também destaca que as mudanças climáticas têm causado o maior deslocamento populacional relacionado ao clima nos últimos 16 anos, exacerbando a insegurança alimentar e gerando perdas econômicas significativas em várias regiões do mundo.
As consequências econômicas dos eventos climáticos extremos são alarmantes, com perdas globais estimadas em 200 bilhões de dólares anuais, podendo ultrapassar 2 trilhões de dólares quando considerados os efeitos em cascata e os danos aos ecossistemas. Entre 2014 e 2023, o número de pessoas afetadas por desastres climáticos aumentou em 75%, atingindo uma média de 124 milhões de pessoas por ano. Esses dados ressaltam a urgência de implementar medidas eficazes para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a população e a economia global.