Um estudo francês publicado na revista Circulation revela que a maioria das mortes súbitas relacionadas à prática esportiva ocorre entre pessoas sedentárias que começam a treinar intensamente sem a devida preparação física e orientação profissional. A pesquisa destaca que essas mortes são um risco silencioso, especialmente em um contexto onde as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, com mais de 17,9 milhões de vítimas anuais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, em 2022, mais de 383 mil pessoas faleceram devido a problemas cardíacos, superando mortes por câncer e acidentes. Os especialistas alertam para a importância de estar atento a sinais como desconforto no peito, falta de ar, tontura e palpitações irregulares durante a prática de exercícios, uma vez que muitos infartos apresentam sintomas atípicos que dificultam a identificação imediata do problema.
Atividades populares como futebol, corrida e basquete estão entre as que apresentam maior risco de morte súbita para praticantes recreativos, devido a causas cardíacas ocultas. Para aqueles que desejam iniciar ou retomar uma rotina de treinos, é essencial realizar uma avaliação médica completa, que inclua eletrocardiograma e acompanhamento por profissionais de educação física, especialmente nas primeiras semanas de atividade.
Embora o sedentarismo seja um fator de risco significativo, a prática de exercícios sem orientação pode ser igualmente perigosa. A combinação de motivação e prevenção é crucial para garantir a saúde do coração, que deve ser cuidada com responsabilidade e conhecimento.