Carmen de Oliveira Alves, estudante transexual de 26 anos, desapareceu em 11 de junho após sair da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Ilha Solteira, SP. A Polícia Civil investiga o caso e, após um mês de buscas, prendeu os suspeitos Marcos Yuri Amorim, namorado da vítima, e o policial militar ambiental Roberto Carlos de Oliveira, acusados de feminicídio. As prisões ocorreram em 10 de julho, quando a polícia obteve evidências de que Carmen não deixou a residência de Yuri, onde foi vista pela última vez.
A mãe de Carmen relatou que a jovem saiu de casa com uma bicicleta elétrica e nunca havia desaparecido antes. As buscas iniciais, que contaram com a ajuda de familiares e amigos, se concentraram em áreas próximas ao rio e à universidade, onde sinais de celular da estudante foram captados. A investigação revelou que Carmen havia montado um dossiê contra Yuri, o que pode ter motivado o crime.
O delegado Miguel Rocha, responsável pelo caso, afirmou que a relação entre os suspeitos era complexa, envolvendo um triângulo amoroso e questões financeiras. As evidências coletadas, incluindo imagens de câmeras de segurança e a recuperação de informações deletadas do computador de Carmen, foram fundamentais para a reclassificação do caso de desaparecimento para feminicídio. As investigações continuam em busca de mais detalhes sobre o assassinato e o paradeiro do corpo da estudante.