Uma estudante de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás teve sua bolsa de estudos suspensa após a divulgação de viagens em suas redes sociais. A decisão, mantida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ocorreu na última sexta-feira (18) e se baseou na discrepância entre o padrão de vida da jovem e a declaração de baixa renda, que a qualificava para o programa de bolsas da Prefeitura de Anápolis, a 55 km de Goiânia.
A defesa da estudante argumenta que as viagens foram custeadas pelo namorado e que a jovem, criada pelos avós, realiza serviços comunitários para compensar a bolsa. A advogada da estudante afirmou que não há irregularidades e que a decisão judicial não reconheceu fraude, mas apenas questionou a compatibilidade do estilo de vida da jovem com a renda declarada.
O promotor de Justiça, Alberto Cachuba, anunciou a abertura de um procedimento administrativo para investigar possíveis irregularidades no programa de bolsas. A Prefeitura de Anápolis, que suspendeu a concessão das bolsas no início do ano, afirmou que instaurou uma sindicância para reavaliar todos os benefícios concedidos. A universidade reiterou que a responsabilidade pela seleção e avaliação socioeconômica dos candidatos é exclusiva do Poder Público.