Nesta quinta-feira, a Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) celebra 150 anos de história, marcando um legado significativo no transporte ferroviário do Brasil. Em 1971, a EFS foi incorporada à Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), encerrando suas operações como uma das cinco ferrovias estaduais mais importantes do país. Na época de sua fusão, a EFS contava com 17,6 mil funcionários, o maior número entre as ferrovias que se uniram.
Agenor Almeida, de 76 anos, é um dos ex-funcionários que viveu a era de ouro da EFS. Admitido em 1967, ele trabalhou por quase 30 anos na ferrovia, passando por diversas funções até se aposentar em 1996. Almeida recorda com nostalgia os desafios e as belezas das viagens realizadas, especialmente no ramal de Itararé, onde conduziu trens por longas distâncias.
A EFS, que chegou a operar uma malha ferroviária de 2.010 quilômetros, transportava anualmente cerca de 5,4 milhões de passageiros de longo percurso e 27,8 milhões de passageiros em áreas suburbanas. O legado da ferrovia é preservado em museus que guardam memórias e utensílios históricos, como o Museu da Estrada de Ferro Sorocabana, que promove exposições e atividades culturais em Sorocaba.
A celebração dos 150 anos da EFS não apenas homenageia sua história, mas também destaca a importância do transporte ferroviário na região, que ainda busca revitalizar trechos da antiga malha para passeios turísticos, mantendo viva a memória de um dos principais meios de transporte do Oeste Paulista.