O petróleo, que representa um terço da energia global, enfrenta uma tendência de baixa, segundo Ruy Alves, sócio da Kinea, e Andrew Reider, diretor da WHG Asset Management. Durante painel na Expert XP, Alves destacou que a crescente oferta no mercado, impulsionada pela demanda por veículos elétricos na China, contribui para essa perspectiva negativa. Além disso, os conflitos recentes no Oriente Médio não elevaram os preços do petróleo como esperado, sugerindo uma estabilidade geopolítica na região.
Os especialistas também abordaram o impacto da inteligência artificial (IA) no consumo energético. Alves e Reider concordaram que a IA requer uma quantidade significativa de energia, o que favorece fontes como gás natural e urânio, em detrimento de energias renováveis intermitentes, como solar e eólica. Alves ressaltou que os Estados Unidos, como maior produtor de gás natural, estão em uma posição vantajosa, com a expectativa de aumento de preços devido à exportação.
Além do petróleo, o painel discutiu outras commodities. O cobre, por exemplo, deve ver uma alta nos preços, refletindo sua importância na indústria moderna. Em contrapartida, as commodities agrícolas podem enfrentar queda de preços, devido à robusta produção de grãos no Brasil e nos Estados Unidos nos últimos anos. Apesar disso, Alves acredita que essa situação não será prejudicial para o Brasil, dada a expressiva quantidade de exportações que o país realiza.