O governo da Espanha anunciou nesta terça-feira (29) a ampliação da licença parental remunerada para 17 semanas, uma das mais generosas da Europa. A ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, destacou que a medida visa promover a igualdade de gênero, já que atualmente quatro em cada dez homens no país tiram licença parental. Além disso, o governo aprovou duas semanas adicionais de licença que podem ser utilizadas até que a criança complete oito anos.
A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento, foi uma promessa do Partido Socialista e de seu parceiro de coalizão, Sumar, durante a campanha eleitoral de 2023. No entanto, a medida não atinge as 20 semanas inicialmente prometidas. O partido Podemos, que também faz parte das negociações, tem pressionado por um tempo de licença ainda maior.
Estudos apontam que a licença paternidade não só beneficia o desenvolvimento das crianças, especialmente das meninas, como também melhora a dinâmica familiar e a recuperação das mães após o parto. Relatórios indicam que licenças parentais mais igualitárias têm um impacto positivo na relação entre os pais e suas parceiras, além de contribuírem para a saúde mental das mães e o desenvolvimento emocional dos filhos.