As obras de revitalização da Praça da Bandeira, localizada no bairro da Campina, em Belém, iniciadas em 23 de julho, trouxeram à tona mais de 500 fragmentos arqueológicos, incluindo cerâmicas, moedas e louças. Esses achados são fundamentais para entender o cotidiano de diferentes épocas da capital paraense e ocorrem em paralelo ao projeto Freezone Cultural Action, que será apresentado durante a COP 30.
O arqueólogo Kelton Mendes, da equipe da Amazônia Arqueologia, destacou que a escavação, que deve ser concluída nesta sexta-feira, 1º de agosto, já identificou entre 500 e 600 fragmentos, com a expectativa de que esse número ultrapasse mil. Mendes enfatizou a importância de resgatar a história cotidiana da população, além dos grandes marcos históricos, para construir uma narrativa mais próxima da realidade das pessoas comuns.
A Freezone Cultural Action, idealizada pelo Instituto Cultural Artô, visa criar um espaço democrático de debate e arte, especialmente voltado para o público jovem, durante a COP 30. A requalificação da praça é realizada em parceria com o Comando Militar do Norte e a Prefeitura de Belém, com o apoio da empresa Arruda Arquitetura e Restauro. Giovanni Dias, presidente executivo do Instituto Artô, ressaltou a importância de envolver os jovens nas discussões climáticas, propondo um espaço acessível e revitalizado para esse diálogo.