Uma operação policial na Tailândia revelou o uso de metanfetamina por monges budistas no templo Wat Prathom, na província de Phichit. Durante a ação, realizada na segunda-feira, 21 de agosto, um terço dos clérigos testou positivo para a substância, levando à expulsão de seis dos 18 monges envolvidos. A operação foi realizada enquanto os monges participavam do 'Retiro das Chuvas', um evento anual da tradição budista.
Trinta policiais invadiram o templo e encontraram comprimidos de metanfetamina, acessórios para consumo de drogas, uma arma caseira e munições. O vice-governador de Phichit, Kitipon Wetchakul, que coordenou a operação, afirmou que os monges flagrados foram enviados para reabilitação e que a ação se estendeu a vários templos em 12 distritos da região.
O escândalo se intensificou com a revelação de que monges de alto escalão estavam envolvidos em um esquema de desvio de fundos para financiar uma mulher, Wirawan Emsawat, que teria seduzido os clérigos. Ela foi presa em julho, após desviar 385 milhões de baht (aproximadamente R$ 66 milhões) do templo. A investigação também revelou a existência de 80.000 arquivos pornográficos em sua posse, envolvendo monges e políticos.
Em resposta aos recentes escândalos, o Conselho Supremo Sangha da Tailândia anunciou que revisará os regulamentos monásticos, propondo penas de prisão de até sete anos e multas para monges expulsos por violações graves. Os monges, que fazem votos de celibato, enfrentam crescente desconfiança pública devido a repetidos casos de corrupção e escândalos sexuais ao longo dos anos.